Gustavo Corção Braga |
"Sim, meu padrasto. Nesse tempo minha mãe se casara de novo com um personagem fabuloso que os filhos haviam descoberto nas matas do Trapicheiro. Era uma espécie de guarda-florestal que vivia numa caverna e usava barbas terríveis, atrás de cuja sombra brilhavam olhos de mel e escondia-se o melhor coração das redondezas. Para nós ele era uma espécie de meio-termo de entre o Capitão Nemo e Miguel Strogoff. E tanto insistimos que mamãe quis conhecer o prodígio pelo qual seus filhos estavam apaixonados, e apaixonou-se por ele também. Casaram-se com simplicidade, casando as duas pobrezas, mas também as duas forças."
Gustavo Corção Braga nasceu em 17 de dezembro de 1896, no Rocha, Rio de Janeiro. Nas proximidades do seu aniversário natalício, com esse belo trecho, essa bela citação da crônica "Dia das Mães", que pode ser encontrada no livro "Conversa em sol menor", gostaria de pedir ao leitor as suas orações pela alma desse nosso heroi da fé e exímio escritor, polemista e apologeta católico, como também, em sinal de reconhecimento pelo bem que ele nos fez e ao Brasil, com seus escritos, exemplos e ensinamentos, pelas almas de seus pais, Francisco Braga e Gracietta Corção, de seu padrasto, seu Castanheira, de sua primeira esposa, Diva Corção, por sua segunda esposa, Hebe Corção, por seus filhos e netos.