terça-feira, 3 de dezembro de 2019

GUSTAVO CORÇÃO: BREVES APONTAMENTOS BIOGRÁFICOS E CRONOLOGIA

Gustavo Corção Braga


BIOGRAFIA

Gustavo Corção Braga nasceu em 17 de dezembro de 1896, no Rocha, subúrbio do Rio de Janeiro. Nasceu no período chamado "Rio Antigo", em que a cidade vivia num ritmo completamente diverso do de hoje e era a capital administrativa e cultural do país. Aliás, era também a capital cultural da América Latina.

Foi o segundo filho de Gracietta Corção e de Francisco Braga. Sua mãe ficou viúva aos vinte e seis anos e teve de trabalhar arduamente para sustentar os cinco filhos, inclusive como costureira, apesar de ter tido uma educação refinada, tocar piano e falar francês. Corção relata em uma de suas crônicas, trazida no "Conversa em sol menor", que sua mãe trabalhava então das cinco horas da manhã até altas horas da noite.

Enquanto precisou dedicar-se à costura, Gracietta reuniu recursos e tomou aulas para poder alugar uma casa e abrir um colégio interno chamado “Colégio Corção”. Morou nele com os filhos e os alunos, mais dois portugueses que alugavam quartos na casa. Devemos dar graças a Deus por essa circunstância providencial: Corção, dotado de inteligência excepcional, morava em um colégio. Sua casa era um colégio. Ele começou aprendendo, mas logo passou a ser professor. Animal professor, como gostava de dizer.

Gustavo tinha uma inteligência prodigiosa. Normalmente, mesmo os gênios são bons, muito bons ou excelentes em uma coisa ou outra, em duas ou três. Corção era completo; tinha uma inteligência prodigiosamente diversificada. Sobressaía em quase tudo que fazia.

Aos sete anos construiu sua própria luneta com umas lentes que arranjou. Aos dez anos já dava aulas de aritmética por dez mil réis. Na adolescência ganhou um concurso de saltos. Praticou esgrima. Fez aulas de piano e violino. Passou no vestibular e entrou no curso de Engenharia com dezesseis anos. Praticou xadrez e quase foi o campeão nacional. Só não o foi porque abandonou a competição. Tinha já quinze vitórias consecutivas. Estudou astronomia e fez um concurso para ter acesso ao Observatório Nacional, em que foi prejudicado. Recordando o fato, trouxe para as páginas dos jornais um belíssimo pensamento: "Para o razoável equilíbrio do mundo é bom que os moços encontrem algumas resistências em todos os seus amores."

Inventou um método novo e superior ao então em uso de determinação das latitudes.

Participou das primeiras transmissões transoceânicas de rádio da América Latina. Da primeira iluminação do Cristo Redentor.

Abandonou a Engenharia e trabalhou em astronomia de campo no Mato Grosso. Pegou malária e voltou para o Rio de Janeiro transformado, adulto. Trabalhou ainda um pouco com astronomia de campo no Rio, com força e luz e eletricidade industrial, no interior do Rio e do Espírito Santo (Cachoeiro do Itapemirim). Passou a dedicar-se e a ensinar eletrônica aplicada às telecomunicações na Escola Técnica do Exército (Instituto Militar de Engenharia), na Radiobrás, na Companhia Telefônica Brasileira e na Escola de Engenharia da UFRJ. Foi conselheiro do Conselho Federal de Cultura.

Perdeu a fé e se associou a um grupo de amigos anticlericais, revolucionários, marxistas e nietzschistas que frequentava a sua casa. Quando esteve prestes a entrar em uma célula comunista e a passar da conversa fiada para as ações perigosas - não por estar convencido do marxismo, mas por pragmatismo -, sua mulher, Diva Corção, morreu, o que lhe causou uma profunda crise espiritual. Com a morte da mulher, Corção percebeu que sua fase revolucionária foi uma gafe.

Cerca de três anos após a morte da mulher, fortemente influenciado pela leitura de Chesterton e de Jacques Maritain, igualmente pelo contato com o mosteiro de São Bento, volta a fé do seu batismo, com toda a convicção, com todo o coração e com todo o vigor da sua inteligência. Ele viria a ser, talvez, a figura mais destacada do Centro Dom Vital e do laicato brasileiro nas décadas seguintes.

Corção foi chamado de segundo Machado de Assis. Único escritor modernista límpido machadiano, com um humor à inglesa.

Possui uma prosa poética, ritmada, quase uma métrica. Escolhe minuciosamente as palavras. Ostenta uma suprema elegância e revela uma incrível sinceridade.

Suas principais obras constam de ensaios e de crônicas. Também artigos em revistas especializadas no Brasil e no exterior.

Corção foi um grande colaborador da Revista "A Ordem" e diz-se que escrevia primorosamente também em francês.

Foi oblato beneditino: tomou o nome de Paulo.

Dom Marcos Barbosa, seu confessor, imortal da Academia Brasileira de Letras, traduziu “O pequeno príncipe” para o português. Foi ideia de Corção o uso do verbo 'cativar' na seguinte frase: "Tu és eternamente responsável por aquele que cativas".

Faleceu em 6 de julho de 1978.

Sua obra começou a ser republicada pela Vide Editorial, selo da Editora Ecclesiae mais dedicado à filosofia e à política, em 2018, quarenta anos após a sua morte.


CRONOLOGIA


- 17 de dezembro de 1896: nascimento.

- 1919: Jackson de Figueiredo funda o Centro Dom Vital.

- 1928: morre Jackson de Figueiredo, e Alceu Amoroso Lima assume a presidência do Centro Dom Vital.

- 1936: morte da mulher, Diva.

- 1939: converte-se ao catolicismo, com 42 anos.

- 1944: escreve “A descoberta do outro”, suas "Confissões".

A primeira edição de "A descoberta do outro", o primeiro livro da celebérrima Editora Agir, fundada por Alceu Amoroso Lima, esgotou-se em menos de duas semanas. A segunda, em menos de um mês. A terceira, em menos de dois meses.

Alceu Amoroso Lima afirmou que Corção arrombou com dedo de anjo – e não com pé-de-cabra – as portas da literatura brasileira. O mesmo Alceu viria a dizer que Corção era o maior escritor brasileiro vivo.

- Corção passa a ser cronista dos mais importantes jornais do país, com duas crônicas semanais: "Diário de Notícias" e "O Globo", do Rio, "O Estado de São Paulo", "O Correio do Povo", de Porto Alegre, "A Gazeta do Povo", de Curitiba, "A Tarde", de Salvador.

- Torna-se Vice-Presidente do Centro Dom Vital, e redator-chefe da Revista "A Ordem", prestigiosa revista do Centro, com larga influência no clero e assinantes no exterior.

- 1946: lança seu segundo livro, “Três alqueires e uma vaca”, um ensaio sobre a obra de Chesterton.

A obra começa com a descrição do que são um livro e o leitor dos sonhos de qualquer escritor.

Corção disserta sobre o distributismo, com críticas duras ao capitalismo e ao socialismo e com o elogio e a defesa da propriedade privada. Tece os mais valorosos elogios à doutrina social da Igreja.

A obra está dividida em três partes: "para não ser doido", "para não ser escravo" e "para não ser bárbaro".

Para não ser doido, o homem deve estar aberto ao mistério e não pretender submeter tudo ao juízo da razão. Há clara oposição ao racionalismo.

Para não ser escravo, o homem precisa ter sua própria propriedade, ainda que esta consista em três alqueires e uma vaca. O ser humano precisa ser rei, ser senhor absoluto pelo menos dentro dos estreitos domínios da sua própria casa.

Para não ser bárbaro, o homem precisa ser fiel à palavra dada, aos compromissos e à tradição. A tradição é a democracia dos mortos. O divórcio é um ato de bárbaro.

- 1950: lança “Lições de abismo”, sua única obra de ficção, seu único romance.

Talvez o livro retrate sua própria conversão em forma de romance, ficcional. O protagonista do livro, José Maria, descobre que possui uma doença terminal, que lhe restam poucos meses de vida. A partir dessa descoberta, ele repensa toda a sua existência.

Sente-se um paralelo com “A morte de Ivan Ilitch”, a esplendorosa e perfeitíssima novela de Tolstói, obra-prima da literatura russa, expressamente mencionada.

A obra contém aguda e fina crítica social. Contém uma original e sensível descrição do natal dos nossos dias, com seu materialismo, verdadeiro insulto ao pobre.

O livro ganhou dois prêmios, um deles da Unesco.

Segundo o escritor Menoti del Pichia, "Lições de Abismo" foi o maior romance já escrito no Brasil.

A obra foi traduzida em seis línguas.

- Década de 50: Corção torna-se Presidente do Centro Dom Vital, enquanto Alceu reside nos EUA.

- 1954: escreve “As fronteiras da técnica”.

O livro é uma colcha de retalhos, contendo vários ensaios sobre temas diversos, sobressaindo a defesa da ciência e a crítica ao cientificismo.

- 1956: “Dez anos”.

Trata-se de uma reunião de crônicas do Corção, publicadas ao longo de dez anos nos jornais em que escrevia, arrumadas em "desordem cronológica".

- 1958: publica “Claro Escuro”.

Cuida-se de um ensaio fabuloso sobre sexo, casamento, divórcio e amor.

Contém nova crítica ao cientificismo e à posição de certos psicólogos modernos segundo os quais o adultério não teria nenhuma conotação moral, seria uma mera doença: “o adultério é um mero resfriado”.

Corção procura argumentar sem invocar fundamentação religiosa. Ele traz fundamentos da razão natural, não da fé católica.

Há uma interessante análise sobre "os inocentes castigados" pelo divórcio, de quem ninguém fala. Para os filhos, que não presenciaram o tempo de namoro, nem de noivado dos pais, a sua progressiva aproximação, mas já nasceram no lar constituído, o divórcio é um absurdo, é uma hecatombe, "é um desastre cósmico”.

- 1965: publica “O desconcerto do mundo”.

Trata-se de ensaios sobre Camões, Eça de Queiroz, Machado de Assis (mencionando-se suas duas fases) e sobre estética (arte).

Manuel Bandeira diz: deveria ser traduzido em todas as línguas, para que todos saibam que merecemos o Prêmio Nobel.

- 1967: publicação de “Dois amores – duas cidades”, obra magna de Gustavo Corção.

Partindo da "doutrina dos dois amores" de Santo Agostinho, o autor divide as duas grandes eras civilizacionais em "civilização do homem interior", tratada na primeira parte e que abrange a civilização antiga e a medieval, e "a civilização do homem-exterior", que começa com o nominalismo, com a Reforma Protestante e com o Renascimento, perdurando até os nossos dias.

Trata-se de uma obra de filosofia da história, de um trabalho enciclopédico, de grande erudição.

São abordados os seguintes temas: o nominalismo; a escolástica decadente; Lutero, o protótipo do homem moderno, subjetivista, relativista, irracionalista, rebelde; "as filosofias da inimizade" ou do ressentimento: o comunismo e o nazismo".

- 1973: vem a lume “O século do nada”.

À semelhança de Santo Agostinho, Corção escreve suas "Retratações", que na verdade são retratações feitas para Jacques Maritain, críticas à sua obra, à mudança de pensamento do filósofo francês ao longo do tempo.

Criticam-se “O Camponês do Garona”, "Humanismo Integral" e outras obras de Jacques Maritain, em que não se via mais a sua oposição vital primeira ao comunismo e ao socialismo.

Trata-se do comunismo como ópio do clero, da sua ascensão na França dos anos 30 e 40 e da sua vinda ao Brasil, trazido inicialmente por frades dominicanos.

A longa e preciosa introdução do livro, trata do desligamento de Corção do Centro Dom Vital e do seu afastamento de Alceu Amoroso Lima.

Na mesma introdução, é mencionada a criação do "Permanência" e da Revista "Permanência".

A obra contém severas e justas críticas à teologia da libertação.

Cuida-se de mais um livro premiado do autor.

- 6 de julho de 1978: falecimento de Corção no Rio de Janeiro, com grande repercussão na imprensa.

- 1980: publicação de “Conversa em sol menor”, obra póstuma.

Esplêndida autobiografia com crônicas recolhidas e reunidas em ordem cronológica pelos organizadores.

O belíssimo prefácio é bastante inspirado em Garrigou-Lagrange, uma das grandes referências teológicas do Corção.

O título da obra faz menção à obra de Mozart preferida por Corção: o quarteto de cordas em sol menor.


quarta-feira, 26 de junho de 2019

A INQUIETAÇÃO, SÃO FRANCISCO DE SALES

São Francisco de Sales

DO LIVRO: "FILOTEIA OU INTRODUÇÃO À VIDA DEVOTA"
De São Francisco de Sales, bispo de Genebra, doutor da Igreja


Parte IV
Capítulo XI
 
 
A inquietação não é simplesmente uma tentação, mas uma fonte de muitas tentações; por isso é necessário que diga algumas palavras sobre este assunto.
 
A tristeza não é mais do que o pesar que sentimos de algum mal de que somos vítima, seja ele exterior, como a pobreza, doenças, o desprezo; ou então interior, como a ignorância, securas espirituais, repugnâncias ao bem, tentações.
 
A alma, pois, ao sentir-se em vista de algum mal, sente desgosto nisso e eis aí a tristeza. O desejo de livrar-se desse mal e de ter os meios necessários para isso a segue imediatamente; até aqui é razoável o nosso procedimento, porque todos fogem, por natureza, do mal e desejam o bem.
 
Se é pelo amor de Deus que a alma procura os meios de livrar-se de seus males, os procurará de certo com paciência e doçura, com humildade e tranquilidade, esperando este favor muito mais da amabilíssima providência de Deus do que de sua indústria, meios e trabalhos. Ao contrário, se é o amor-próprio que a leva a procurar alívio, ele se revelará numa grande inquietação e desassossego, como se este bem dependesse mais dele do que de Deus. Não digo que o amor-próprio pense assim; mas age como se pensasse assim.
 
Caso não se encontre imediatamente o que se deseja, torna-se irrequieto e impaciente; e, como essas inquietações, longe de aliviar o mal, o aumentam ainda por cima, a alma é dominada por grande tristeza, que, perdendo ao mesmo tempo a coragem e a força, faz com que os males cresçam sem remédio.
 
Estás vendo, pois, que a tristeza, por mais justa que seja ao princípio, produz inquietações, e estas, por sua vez, tanto podem aumentar a tristeza que ela se torne extremamente perigosa.
 
A inquietação é o maior mal da alma, com exceção do pecado; assim, pois, como as sedições e as revoluções civis dum Estado o desolam inteiramente e o impedem de resistir aos inimigos exteriores, também o espírito inquieto e perturbado não tem força bastante nem para conservar as virtudes adquiridas nem para resistir as tentações do inimigo, que envida então todos os seus esforços para pescar, como se diz, em águas turvas.
 
Provém o desassossego dum desejo desregrado de se livrar de um mal que se se sente ou de adquirir um bem que se não possui; e no entanto nada há que mais aumente o mal e dificulte a aquisição do bem que exatamente a inquietação e a precipitação; assim como acontece aos passarinhos que, caindo numa armadilha, tanto mais se emaranham quanto mais se mexem.
 
Ao sentires, portanto, o desejo de te subtraíres a algum mal ou de alcançar algum bem, antes de tudo procura acalmar-te, tranquiliza o teu espírito e teu coração e só então segue o movimento do teu desejo, empregando calmamente e com ordem os meios conducentes ao teu intento. Dizendo, porém, calmamente, não entendo com isso negligentemente, mas sem precipitação e desassossego; doutra forma, longe de adquirir os teus intentos, perderias o tempo, só conseguindo te embaraçar mais e mais.
 
Minha alma, Senhor, está sempre em minhas mãos e não tenho esquecido vossa lei, dizia Davi. Examina, Filoteia, mais de uma vez ao dia, principalmente pela manhã e a noite, se tens, como ele, a alma entre as mãos ou se alguma paixão ou desassossego ta arrebatou. Considera se o teu coração ainda se submete sempre ao teu domínio ou se ele se tem escapulido de tuas mãos para se entregar a amores desregrados, à raiva, à inveja, à avareza, ao temor, à tristeza, à alegria; e se ele tem escapado, vai logo em sua procura e reconduze-o brandamente à presença de Deus, submetendo todos os teus afetos e todos os teus desejos à obediência e beneplácito de Sua divina vontade. À semelhança daqueles que, temendo perder alguma coisa que lhes é muito preciosa, a guardam sempre em suas mãos, também nós, imitando o profeta-rei, devemos dizer continuamente: "Ó, meu Deus, minha alma está em perigo de perder-se; por isso eu a trago sempre em minhas mãos e isso me impede de esquecer-me de Vossa santa lei".
 
Jamais te deixes inquietar por teus desejos, por poucos e insignificantes que sejam; porque aos pequenos seguirão os grandes, que acharão o teu coração bem disposto à tristeza e ao desregramento. Sentindo-te, pois, inquieta, recomenda-te a Deus e toma a resolução de nada fazer daquilo que o desejo pede, se é que se possa adiar, enquanto não passar todo o desassossego; se a demora, porém, for prejudicial, então esforça-te suavemente para reprimir ou moderar o teu desejo e faze então o que pensas que a razão e não o que o desejo exige de ti.
 
Se te é possível descobrir o teu desassossego ao teu confessor ou ao menos a um amigo confidente ou devoto, acharás imediatamente a calma, porque esta expansão de um coração agitado e inflamado o alivia tanto como uma sangria atenua a violência da febre de um doente; este é o melhor remédio para o coração. Sim, diz o rei São Luís a seu filho, tendo alguma coisa que te pese no coração, confia-a imediatamente ao teu confessor ou a alguma pessoa devota, porque a consolação que receberes te ajudará a suportar mais suavemente os teus trabalhos.
 
 

quinta-feira, 16 de maio de 2019

CATÓLICO SEGUE A IGREJA, NÃO GURUS

Claustro do Convento Dominicano de Santo Estêvão, Salamanca



É realmente preocupante o culto à personalidade presente em ambientes católicos. É inquietante a facilidade com que alguns indivíduos delegam a faculdade de pensar a outras pessoas, a gurus, supostamente iluminados ou infalíveis. Não me consta que católicos possam ter gurus, já que a própria Sagrada Escritura diz: "maldito o homem que confia em outro homem".

Nenhum ser humano está isento de crítica. Nunca devemos abandonar o espírito crítico ao ler, ver ou ouvir alguma obra humana. Delegar o juízo crítico é cômodo, mas perigoso. Se Deus nos deu a razão, não é para aliená-la aos outros. É para exercitá-la pessoalmente em benefício próprio e do bem comum.

Incomoda-me o modo como alguns cristãos e mesmo algumas editoras tratam, por exemplo, o Olavo de Carvalho. Por mais méritos que tenha, ele certamente é supervalorizado. Esses cristãos e editoras estão sem nenhuma dúvida pagando mico. Mais cedo ou mais tarde isso ficará evidenciado.

Dou um exemplo. Ouçam o áudio abaixo. Reparem na leviandade com que o filósofo da Virgínia dá palpites sobre assuntos que ignora completamente. Ele não é filósofo? Por que se atreve a falar sobre religião? Não digo sobre aspectos gerais que eventualmente poderiam ter alguma relação com o estudo filosófico, mas sobre o tema específico das aparições de Fátima. Ora, mesmo no âmbito dos assuntos teológicos ou religiosos, nem todos estão habilitados a falar sobre revelações privadas. Mais ainda: a leviandade do escritor é ainda maior quando acusa impunemente autoridades da Igreja de terem "trocado" a Irmã Lúcia de Fátima.

Uma pessoa assim destemperada, que quase agride o próprio ouvinte que lhe faz a pergunta, vê conspiradores e inimigos em toda a parte. Como no caso da Irmã Lúcia, obviamente errou em muitos outros, beirando ao delírio as suas afirmações. Na verdade, não só beirando... Quem tiver interesse, poderá pesquisar e ver como ele se refere ao Papa Paulo VI, recentemente canonizado, ao tratar do Concílio Vaticano II e do livro "O século do nada" do Gustavo Corção.

Um escritor como esse, mais do que muitos outros, deve ser lido e acompanhado com extrema prudência. Isso sem falar nos seus modos e no seu estilo, que nada têm a ver com as lições dos grandes autores espirituais, tais como São Francisco de Sales, que ensinava: "o bem não faz barulho. E o barulho não faz bem". O santo bispo e doutor de Genebra ainda esclarecia: depois do pecado, nada há pior do que as inquietações e perturbações. Essa é uma célebre lição encontrada no Filoteia.

Os tuítes do Olavo de Carvalho geram paz? Ou geram inquietação e perturbação? De onde vêm? Procedem de uma autêntica inspiração de Deus que lhe iluminou a mente? Estão enraizadas na caridade, virtude teologal? Se sim, quais são os frutos? Produzem paz e humildade, frutos das obras de Deus?

Não é preciso ser muito entendido nem muito espiritual para compreender que o comportamento de alguns gurus da moda funda-se muito mais no amor próprio, inquieto e agitado, do que no pacífico, ordenado e calmo amor a Deus, zelo pelas coisas de Deus. Trata-se do que muitas vezes se chama "zelo indiscreto": uma vontade de aparecer disfarçada de zelo. Vontade essa incapaz de omitir algum ato inconveniente, de esperar o tempo de falar e de agir e de obedecer, respeitar e reverenciar a hierarquia estabelecida ou a sacralidade das pessoas (incluídos os adversários).

Ao que parece, alguns gurus têm a doce ilusão de que fazem alguma coisa, de que são imprescindíveis, quando na verdade, no máximo, podem ser meras causas segundas, meros instrumentos falhos habilmente utilizados por Deus. Deus é quem age e opera. Não depende de instrumento algum, que pode substituir quando bem quiser. Alguns cristãos chegam a ser infantis no seu ativismo pueril, movido pelo amor próprio e vão desejo de fama.
 
Quem detém a infalibilidade é o Papa, mesmo assim quando se pronuncia "ex cathedra" em questões de fé e de moral. Quem é infalível é a Igreja. Não demos tão facilmente ouvidos a quem detrata a Igreja e a outras pessoas com tanta leviandade e facilidade. A quem age de modo desordenado, inquieto, agitado, desrespeitoso, movido pelo amor próprio. Afinal, o zelo indiscreto mais prejudica do que ajuda, pode comprometer ou inviabilizar o próprio governo Bolsonaro, tal é a desordem que gera.

Os delírios de Olavo de Carvalho sobre a Irmã Lúcia:

https://m.youtube.com/watch?v=c5Bgga8HoKI

A verdade dos fatos:

https://cleofas.com.br/irma-lucia-foi-substituida-por-uma-impostora-o-catequista-desmonta-esta-teoria/


terça-feira, 14 de maio de 2019

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO, LEITURA DA BÍBLIA E OUTRAS OBRAS INDULGENCIADAS




Do Manual de Indulgências extraem-se outras obras indulgenciadas, outros casos de concessão de indulgências plenárias:

3. Adoração ao Santíssimo Sacramento

Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar o Santíssimo Sacramento para adorá-lo; se o fizer por meia hora ao menos, a indulgência será plenária.

11. Visita às basílicas patriarcais de Roma

Concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar com devoção uma das quatro basílicas patriarcais de Roma e aí recitar o Pai-nosso e o Creio:

1) no dia da festa do titular;
2) em qualquer festa de preceito;
3) uma vez no ano, em dia à escolha do fiel.

 
12. Bênção papal

Ganha indulgência plenária o fiel que recebe com piedade e devoção a bênção dada pelo Sumo Pontífice a Roma e ao mundo, ou dada pelo Bispo aos fiéis confiados ao seu cuidado, conforme a norma 10, parágrafo 2 deste manual, ainda que a bênção se receba por rádio ou televisão.

 
13. Visita ao cemitério

Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, concede-se indulgência aplicável somente às almas do purgatório. Esta indulgência será plenária, cada dia, de 1 a 8 de novembro; nos outros dias do ano será parcial.

17. Adoração da Cruz

Concede-se indulgência plenária ao fiel que, na sexta-feira da Paixão e Morte do Senhor, toma parte piedosamente na adoração da Cruz da solene ação litúrgica.

23. Congresso eucarístico

Concede-se indulgência plenária ao fiel que participar com devoção do solene rito que costuma encerrar o congresso.

25. Exercícios espirituais

Concede-se indulgência plenária ao fiel que faz os exercícios espirituais ao menos por três dias.

27. Dulcíssimo Jesus, Redentor
(Ato de consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei)

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós que humildemente estamos prostrados na vossa presença, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; e a fim de podermos viver mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração.

Muitos há que nunca vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso
Sagrado Coração.

Senhor, sede rei não somente dos fiéis, que nunca de vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos, que vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, à casa paterna, para não perecerem de miséria e de fome.

Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja um só rebanho e um só pastor.

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um polo a outro do mundo ressoe uma só voz: louvado seja o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele, por todos os séculos. Amém.

Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar piedosamente este ato, e plenária quando se recitar publicamente na solenidade de Jesus Cristo Rei.

28. Indulgência na hora da morte

O sacerdote que administra os sacramentos ao fiel em perigo de vida não deixe de lhe comunicar a bênção apostólica com a indulgência plenária. Se não houver sacerdote, a Igreja, mãe compassiva, concede benignamente a mesma indulgência ao cristão bem disposto para ganhá-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado para isso algumas orações. Para alcançar esta indulgência plenária louvavelmente se rezam tais orações fazendo uso de um crucifixo ou de uma simples cruz.

A condição de ele habitualmente ter recitado algumas orações supre as três condições requeridas para ganhar a indulgência plenária.

A mesma indulgência plenária em artigo de morte, pode ganhá-la o fiel que no mesmo dia já tenha ganho outra indulgência plenária.

Esta concessão vem assinalada na const.apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 18.

35. Uso de objetos de piedade

Concede-se indulgência parcial ao fiel que usa devotamente objetos de piedade, como crucifixo ou cruz, terço, escapulário, medalha, bentos ritualmente3 por qualquer sacerdote ou diácono. Se o objeto de piedade for bento pelo Sumo Pontífice ou por um Bispo, o fiel que usa com devoção esse objeto pode ganhar a indulgência plenária na solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, acrescentando a profissão de fé com qualquer fórmula aprovada.

Esta concessão vem assinalada na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 16; cf. abaixo, p. 105; cf. também acima, norma 18, p. 16.

41. Participação na sagrada pregação

Concede-se indulgência parcial ao fiel que assistir atenta e devotamente à sagrada pregação da palavra de Deus.

Concede-se indulgência plenária ao fiel que, no tempo das santas missões, ouvir algumas pregações e participar, além disso, do solene encerramento das mesmas missões.

42. Primeira comunhão

Concede-se indulgência plenária aos fiéis que se aproximarem pela primeira vez da sagrada comunhão ou que assistem a outros que se aproximam.

43. Primeira missa do neo-sacerdote

Concede-se indulgência plenária ao sacerdote que, em dia marcado, celebra sua primeira missa, diante do povo, e aos fiéis que devotamente a ela assistem.
 
48. Reza do Rosário de Nossa Senhora

Indulgência plenária, se o Rosário se recitar na igreja ou oratório ou em família, na comunidade religiosa ou em piedosa associação; parcial, em outras circunstâncias.

(O Rosário é uma fórmula de oração em que distinguimos quinze dezenas de saudações angélicas [Ave-Marias], separadas pela oração dominical [Pai-nosso] e em cada uma recordamos em piedosa meditação os mistérios da nossa redenção.)

Chama-se também a terça parte dessa oração o Terço. Para a indulgência plenária determina-se o seguinte:

1. Basta a reza da terça parte do Rosário, mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas.

2. Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal.

3. Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado do lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a meditação dos mistérios à oração vocal.

4. Entre os orientais, onde não existe a prática desta devoção, os Patriarcas poderão determinar outras orações em honra da santíssima Virgem Maria (por exemplo, entre os bizantinos o hino "Akathistos" ou o ofício "Paraclisis"), que gozarão das mesmas indulgências.
 
49. Jubileus de ordenação sacerdotal

Concede-se indulgência plenária ao sacerdote que, aos 25, 50, 60 anos de sua ordenação sacerdotal, renova diante de Deus o propósito de fidelidade aos deveres de sua vocação.

Os fiéis que assistirem à missa jubilar do sacerdote, também eles podem ganhar a indulgência plenária.

50. Leitura espiritual da Sagrada Escritura

Concede-se indulgência parcial ao fiel que ler a Sagrada Escritura, com a veneração devida à palavra divina, e a modo de leitura espiritual. A indulgência será plenária, se o fizer pelo espaço de meia hora pelo menos.

56. Visita às igrejas estacionais

Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar com devoção a igreja estacional em seu próprio dia; e se, além disso, assistir às sagradas funções que pela manhã ou à tarde se celebram, ganhará indulgência plenária (cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 260-261),

58. Sínodo diocesano

Concede-se indulgência plenária uma só vez ao fiel que, no tempo do sínodo diocesano, visitar piedosamente a igreja em que o sínodo se reúne e aí recitar o Pai-nosso e o Creio.

59. Tão sublime sacramento
Tão sublime sacramento

vamos todos adorar,

pois um Novo testamento

vem o antigo suplantar!

Seja a fé nosso argumento

se o sentido nos faltar.

Ao eterno Pai cantemos

e a Jesus, o Salvador,

igual honra tributemos,

ao Espírito de amor.

Nossos hinos cantaremos,

chegue ao céus nosso louvor.

Amém.

V/. Do céu lhes deste o pão,

R/. Que contém todo o sabor.

Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa Paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso corpo e do vosso sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que viveis e reinais para sempre.

R/. Amém. (Rit. Rom., da Sagr. Com., n. 102.)

Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar com piedade estas orações. A indulgência será plenária na quinta-feira da semana santa depois da missa da Ceia do Senhor, e na ação litúrgica da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.

60. Te Deum

(A vós, ó Deus)
 
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar o hino Te Deum (A vós, ó Deus) em ação de graças, e será plenária, quando recitado em público no último dia do ano.

A vós, ó Deus, louvamos,

a vós, Senhor, cantamos.

A vós, eterno Pai,

adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,

os céus e seus poderes:

Sois Santo, Santo,

Santo, Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra

a vossa imensa glória.

A vós celebra o coro

glorioso dos Apóstolos.

Vos louva dos Profetas

a nobre multidão

e o luminoso exército

dos vossos santos mártires.

A vós por toda a terra

proclama a Santa Igreja,

ó Pai onipotente,

de imensa majestade.

E adora juntamente

o vosso Filho Único,

Deus vivo e verdadeiro,

e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,

do Pai eterno Filho,

nascestes duma Virgem,

a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,

da morte triunfastes,

abrindo aos que têm fé

dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita

de Deus, do Pai na glória.

Nós cremos que de novo

vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:

salvai os vossos servos,

que vós, Senhor, remistes

com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,

Senhor, vos suplicamos,

em meio a vossos santos

na vossa eterna glória.

(A parte que segue pode ser omitida, se for oportuno.)
Salvai o vosso povo.

Senhor, abençoai-o.

Regei-nos e guardai-nos

até a vida eterna.

Senhor, em cada dia,

fiéis, vos bendizemos,

louvamos vosso nome

agora e pelos séculos.

Dignai-vos, neste dia,

guardar-nos do pecado.

Senhor, tende piedade

de nós, que a vós clamamos.

Que desça sobre nós,

Senhor, a vossa graça,

porque em vós pusemos

a nossa confiança.

Fazei que eu, para sempre,

não seja envergonhado:

Em vós, Senhor, confio,

sois vós minha esperança!

61. Veni Creator (Ó vinde, Espírito Criador)

Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar devotamente o hino Veni Creator (Ó vinde, Espírito Criador). A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente.
 
(Tradução oficial:)

Ó, vinde Espírito Criador,

as nossas almas visitai

e enchei os nossos corações

com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor

do Deus excelso o dom sem par,

a fonte viva, o fogo, o amor,

a unção divina e salutar.

Sois doador dos sete dons,

e sais poder na mão do Pai,

por ele prometido a nós,

por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai,

os corações enchei de amor,

nossa fraqueza encorajai,

qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli,

e concede i-nos vossa paz;

se pela graça nos guiais,

o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador

por vós possamos conhecer.

Que procedeis do seu amor

fazei-nos sempre firmes crer.

63. Via-sacra

Concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer o exercício da via-sacra, piedosamente.

Com o piedoso exercício da via-sacra renova-se a memória das dores que sofreu o divino Redentor no caminho do pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até ao monte Calvário, onde morreu na cruz para a nossa salvação.

Para ganhar a indulgência plenária, determina-se o seguinte:

1. O piedoso exercício deve-se realizar diante elas estações da via-sacra, legitimamente eretas.

2. Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém.

3. Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais. Requer-se piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação.

4. Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas se a via-sacra se faz publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.

5. Os legitimamente impedidos poderão ganhar a indulgência com uma piedosa leitura e meditação da Paixão e Morte do Senhor ao menos por algum tempo, por exemplo, um quarto de hora.

6. Assemelham-se ao piedoso exercício da via-sacra, também quanto à aquisição da indulgência, outros piedosos exercícios, aprovados pela competente autoridade: neles se fará memória da Paixão e Morte do Senhor, determinando também catorze estações.

7. Entre os orientais, onde não houver uso deste exercício, os Patriarcas poderão determinar, para lucrar esta indulgência, outro piedoso exercício em lembrança da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
 
 
65. Visita à igreja paroquial

 
Concede-se indulgência plenária ao fiel que com devoção visitar a igreja paroquial:

- na festa do titular;

- a 2 de agosto, em que ocorre a indulgência da "Porciúncula"

Uma e outra indulgência poderão alcançar-se no dia acima marcado ou noutro dia determinado pelo ordinário para utilidade dos fiéis.

Gozam das mesmas indulgências a igreja catedral e, se houver, a concatedral, ainda que não sejam paroquiais, e também as igrejas quase-paroquiais.4

Tais indulgências já estão incluídas na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 15; aqui se satisfaz aos desejos que neste intervalo se apresentaram à Sagrada Penitenciaria.

Na piedosa visita, conforme a norma 16 da mesma const. apost., "recitam-se a oração dominical e o símbolo dos apóstolos" (Pai-nosso e Creio).

66. Visita à igreja ou altar no dia da dedicação

Concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar a igreja ou o altar no próprio dia da dedicação e aí piedosamente rezar o Pai-nosso e o Creio.

67. Visita à igreja ou oratório na comemoração de todos os fiéis defuntos

Concede-se indulgência plenária, aplicável somente às almas do purgatório, aos fiéis que no dia da comemoração de todos os fiéis defuntos visitarem piedosamente uma igreja ou oratório.

Esta indulgência poderá alcançar-se no dia marcado ou, com consentimento do ordinário, no domingo antecedente ou subseqüente ou na solenidade de Todos os Santos.

Esta indulgência já está incluída na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 15; aqui se satisfaz aos desejos que neste intervalo se apresentaram à Sagrada Penitenciaria.

Na piedosa visita, conforme a norma 16 da mesma const. apost.,5 "se recitam a oração dominical e o símbolo dos apóstolos: Pai-nosso e Creio".

68. Visita à igreja ou oratório de religiosos na festa do fundador

Concede-se indulgência plenária ao fiel que visitar piedosamente urna igreja ou oratório de religiosos na festa de seu fundador e aí rezar o Pai-nosso e o Creio.

69. Visita pastoral

Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar piedosamente uma igreja ou oratório, quando aí se faz a visita pastoral; e indulgência plenária, se nesse mesmo tempo assistir a uma função sagrada e presidida pelo visitador.

70. Renovação das promessas do batismo

Concede-se indulgência parcial ao fiel que renovar as promessas do batismo em qualquer fórmula de uso; e ganhará indulgência plenária, se o fizer na celebração da Vigília Pascal ou no aniversário de seu batismo.