terça-feira, 29 de janeiro de 2019

DOIS CONVITES


O Grupo do Rosário da Catedral da Boa Viagem (Belo Horizonte) completa nove anos no dia 13 de fevereiro próximo. Comemoraremos o aniversário no dia 16 de fevereiro, rezando o rosário, como sempre, às 9 horas da manhã do sábado, em frente à imagem de Nossa Senhora de Fátima, na lateral esquerda da igreja.




Adicionalmente, convido para os eventos do Instituto São Pedro de Alcântara no mês de fevereiro. Falarei sobre a história e os aspectos fundamentais do rosário no dia 6 de fevereiro, quarta-feira, às 19:30h.

O ISPA fica na Av. Brasil, 1831, sala 1401. Edifício Montserrat.



quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

ALGUNS PENSAMENTOS DE SÃO FRANCISCO DE SALES


Alguns pensamentos de São Francisco de Sales:

"-- Eu vos digo que, se fordes humilde, sereis fiel.
-- Mas chegarei a ser humilde?
-- Sim, se quiserdes sê-lo.
-- Mas eu quero.
-- Pois então já o sois.
-- Mas eu vejo que não sou.
-- Tanto melhor, pois isso serve para que o sejais com mais certeza."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Procura uma familiar convivência de tua alma com os anjos, lembrando-te muitas vezes de sua presença; ama e venera, sobretudo, o anjo da diocese onde estás, os das pessoas com quem vives e em especial o teu próprio. Reza a eles de vez em quando, bendize a Deus por eles, implora-lhes a proteção em todos os negócios espirituais e temporais, para que auxiliem as tuas intenções."
(São Francisco de Sales, "Filoteia ou Introdução à Vida Devota")

"O grande Pedro Faber, primeiro padre, primeiro pregador, primeiro professor de teologia da Companhia de Jesus e primeiro companheiro de Santo Inácio, seu fundador, regressando um dia da Alemanha, onde tinha trabalhado muito para a glória de Deus, e passando por esta diocese, onde nascera, contava que a sua devoção de saudar os anjos das paróquias de seu itinerário lhe tinha valido muitas consolações interiores de sua alma e uma especial proteção em suas viagens; assegurava ele que sensivelmente conhecera quanto lhe tinha sido propício, ou salvaguardando-o dos hereges, ou preparando numerosas almas para receberem mais docilmente a doutrina da salvação. E com tal desejo de espalhar esta devoção dizia isto, que uma senhora, estando aí presente nos anos de sua juventude, o contava ainda, há quatro anos passados, isto é, mais de sessenta anos depois, com sentimentos de muita piedade."
(São Francisco de Sales, "Filoteia")
 

"A vida dos santos não é outra coisa senão o Evangelho posto em prática."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Por inspirações compreendemos todos os atrativos da graça, os bons movimentos do coração, os remorsos de consciência, as luzes sobrenaturais e em geral todas as bênçãos com que Deus visita o nosso coração, por sua misericórdia amorosa e paternal, para acordar-nos da nossa sonolência ou para nos incitar à prática das virtudes ou para aumentar em nós o amor a ele; numa palavra: para nos fazer procurar o que é de nosso interesse eterno."
(São Francisco de Sales, "Filoteia")
 

"Enquanto não houver consentimento, não existe pecado nem nas tentações mais violentas: é arte do divino Amante e fina flor do amor celeste fazer sofrer e lutar os que lhe têm amor, sem que eles mesmos saibam que o têm."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"À exceção do pecado, o maior mal que pode sobrevir a um homem é a inquietação."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)
 

"É preciso fugir do mal? Pois fujamos, mas calmamente, sem perder o sossego; porque, se assim não for, pode acontecer que, fugindo, acabemos por cair e por dar ocasião ao inimigo de tirar-nos a vida... A própria penitência tem de ser cultivada com paz. 'Eis que minha amaríssima amargura está em paz', diz Isaías (38, 17)."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)
 

"Sendo pelo ministério dos anjos que muitas vezes recebemos as inspirações de Deus, é também por meio deles que lhe devemos apresentar as nossas aspirações, não menos que por meio de santos e santas, que, como Nosso Senhor disse, sendo agora semelhantes aos anjos na glória de Deus, lhe apresentam de contínuo as suas orações e desejos em nosso favor.
 

Aliemos os nossos corações, Filoteia, a estes espíritos celestes, a estas almas bem-aventuradas; assim como os filhotes dos rouxinóis aprendem a cantar com os grandes, nós aprenderemos também, por esta união, a honrar a Deus e a rezar condignamente."
(São Francisco de Sales, "Filoteia")
 

"Deus, pois, não esquece as obras daqueles que, tendo perdido a dileção pelo pecado, a recobram pela penitência. Ora, Deus esquece as obras quando elas perdem o seu merecimento e a sua santidade pelo pecado [mortal] superveniente, e torna a lembrar-se delas quando elas tornam à vida e valor pela presença do santo amor [graça santificante]. De sorte mesmo que, a fim de que os fiéis sejam recompensados das suas boas obras, tanto pelo acréscimo da graça e da glória futura, como pelo gozo efetivo da vida eterna, não é necessário que se não recaia no pecado, mas, segundo o sagrado concílio, basta que se morra na graça e caridade de Deus."
(São Francisco de Sales, "Tratado do amor de Deus")

"Muitas pessoas não progridem em virtude porque não descobrem ao confessor o seu defeito dominante, do qual nascem todas as suas faltas."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"O cuidado dos negócios, se for moderado, em nada prejudica a alma, e deixa tempo para a oração, para a leitura e o recolhimento espiritual."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"A verdadeira piedade torna mais grato o cuidado da família, mais sincero o amor entre marido e mulher, mais leal a submissão aos que governam, mais fácil de assumir e realizar com perfeição todas as ocupações, seja de que gênero forem."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Os exercícios de devoção devem ser de tal modo que não prejudiquem as nossas ocupações e deveres, e nunca hão de ser tão demorados que nos cansem e incomodem os que convivem conosco."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Esses modos de falar: 'Eu quereria assim, eu quereria assado; eu estaria melhor aqui, eu estaria melhor acolá', não são mais do que tentações. Deus dispôs tudo e sabe melhor que nós o que nos convém."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Não vos queixeis das vossas aflições, nem pelo seu número, nem pelo seu peso, nem pela sua duração, porque Deus tudo dispôs quanto ao número, peso e medida."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Uma cruz que não passa é muito valiosa, porque não há pena mais dura que a que dura."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"Os casos fortuitos e os acidentes inesperados só o são para nós, pois estão presentes -- e muito presentes -- ante a Providência divina, que só os permite para nosso bem e para lhe darmos glória."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"A tristeza só se apodera daqueles que estão apegados às coisas do mundo."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"É verdade que os pecados veniais não matam a caridade; mas asfixiam-na tanto que não a deixam agir."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)
 

"Um santo [São José] que tanto amou durante a vida não poderia morrer senão de amor, porque a sua alma não desejava outra coisa que não amar o seu querido Jesus por entre as distrações desta terra. Assim, tendo completado o serviço necessário durante os primeiros anos da vida dEle, que lhe restava senão dizer ao Pai Eterno: 'Ó Pai, cumpri a obra que Vós me havíeis confiado'? E depois ao Filho: 'Meu Filho, assim como o vosso Pai pôs o vosso corpo entre as minhas mãos no dia da vossa vinda a este mundo, também eu, neste dia em que parto do mundo, ponho meu espírito entre as vossas'. Assim, segundo penso, a morte desse grande Patriarca foi a morte mais nobre de todas, corolário da vida mais nobre que jamais houve entre as criaturas, morte que os próprios anjos desejariam ter, se fossem capazes de morrer."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

"O que se diz inspirado e se nega a obedecer aos superiores e a seguir seu parecer é um impostor. Todos os profetas e todos os pregadores que foram inspirados por Deus amaram sempre a Igreja e se sujeitaram a sua doutrina e aprovação.”
(São Francisco de Sales, “Tratado do amor de Deus”)

“Em suma, os três melhores e mais seguros sinais das legítimas inspirações são a perseverança, contra a inconstância e leviandade; a paz e doçura do coração, contra as inquietações e açodamentos; a humilde obediência, contra a obstinação e extravagância.”
(“Tratado do amor de Deus”, São Francisco de Sales)
 

“Tudo é seguro na obediência, tudo é suspeito fora da obediência.”
(“Tratado do amor de Deus”, São Francisco de Sales)
 

"Tenho dito muitas vezes que quem não é humilde também não é casto. E tenho-o dito porque Deus permite geralmente as quedas nos pecados mais vergonhosos para abater e corrigir o nosso orgulho."
("Amar ou morrer: máximas de São Francisco de Sales", Editora Quadrante)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

domingo, 13 de janeiro de 2019

DOIS GRANDES VÍDEOS DO PADRE CARREIRA


Dois grandes vídeos do Padre Manuel Carreira, teólogo, filósofo e astrofísico:

https://youtu.be/JpUKVpvuuRU

https://youtu.be/1ifo-cN8980





PADRE PAULO RICARDO, MEU SITE PREFERIDO


Recomendo a todos os que procuram aprofundar-se na fé católica o site do Padre Paulo Ricado de Azevedo Júnior. É extraordinário! Recomendo especialmente os cursos, os vídeos.

Abaixo vai o link:



sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

MIRADA SOBRE A FELICIDADE


Um dia encontrei-me num bar com uma conhecida, uma espécie de colega ou semi-amiga, num aniversário de um amigo comum, e ela lançou-me a seguinte pergunta, bastante incômoda e dura, com solapada ingenuidade:

— Olá, Paul! Como andam as coisas? Você está feliz?

Imediatamente pensei: “‘Feliz’?! Que pergunta é essa? Que falta de pudor a dessa infeliz? Por que se interessa pela minha nudez, pela nudez da minha alma, pelos mornos recônditos do meu espírito? Quer mesmo que eu me dispa? Que vai fazer ela com tal revelação? Acredita-se ela merecedora desse raio-x? Por que não me perguntou ela pura e simplesmente se estou bem, se estou alegre, coisas mais vagas, mais alheias, mais rasteiras? Quantos tratados os filósofos não escreveram sobre o que é a felicidade? Saberei eu o que é a felicidade para dizer se estou feliz? Não tenho a menor ideia da resposta.” Parecem muitos pensamentos, demasiadas perguntas para mísero meio segundo, contudo creio que consegui fazê-las. Mas não foi só.

Nesse mesmo meio segundo ou segundo e meio, vasculhei ou tentei vasculhar cada recanto, cada dobra da minha alma para ver se estava feliz. Pareceu-me que em alguns cantos, sim, em outros, não, em algumas galerias, mais ou menos. Mas o pior: tive a impressão cruel de que a felicidade é infinita e não se pode alcançar inteiramente. É uma meta inalcançável, a que sempre se acrescenta alguma coisa. Uma vez atingida, ela se aumenta, se multiplica, se desdobra, cria novas exigências. Sempre lhe falta algum pedaço.

É incrível o que eu conseguir fazer ou pensar agora já em dois segundos. Respondi qualquer coisa, qualquer estupidez ou banalidade, nem me lembro o quê. No futuro iria conhecer um blasfemador, um profanador da verdade, um herege, um garçom de restaurante famoso que me perguntaria após a refeição se eu estava feliz. Era uma pergunta sacrílega. Um uso indevido de palavra sagrada. Cheguei a dizer-lhe uma vez: “Não exagere! Não empregue a ‘felicidade’ para coisa tão pequena e instantânea, muito menos para supervalorizar o seu ofício...” Na verdade, não disse a parte final. Mas tive vontade.

Minha amiga conseguiu estragar ou aprofundar as trevas da minha noite, tirar o sabor do meu chope e absorver inteiramente meus pensamentos em volta da palavra ‘felicidade’. Não se faz assim covardemente uma pergunta filosófica na porta de um boteco!