O leitor mais atento já terá percebido que nossos jornais e muitos formadores de opinião têm pela liberdade de pensamento e de crença o mesmo apreço que Hitler nutria pelos judeus. Sim, porque o seu discurso é tolerante apenas na aparência; a consequência prática do que eles sustentam é a negação absoluta, o total aniquilamento da livre manifestação do pensamento.
Número não negligenciável de formadores de opinião quer obrigar os cristãos a ser travestis intelectuais. Dizem eles que os que professam uma fé religiosa não podem deixar-se "contaminar" por suas crenças quando forem manifestar uma opinião política, quando forem contribuir para uma deliberação estatal. Exigem dos crentes uma curiosa espécie de neutralidade (que, na verdade, seria uma contradição interna), sendo que eles próprios não se despem das suas convicções não neutras ao opinar. Propugnam uma espécie de estupro ou violação intelectual: o crente, o que adere a uma denominação religiosa, deve negar-se a si mesmo, deve violentar sua própria identidade, deve cindir-se ao meio, despir-se de suas convicções e aderir ao modo de pensar materialista desses formadores, quando for manifestar-se sobre aborto e casamento 'gay', por exemplo. Os crentes teriam de travestir-se de ateus ou agnósticos. Somente o ateísmo prático poderia nortear-lhes a expressão do pensamento. Teriam de consentir em uma espécie de violação, de estupro mental. Teriam de renunciar à própria mentalidade e tomar de empréstimo a mentalidade deles.
É compreensível que pessoas de inspiração materialista nutram pouco apreço pela religião. O que não é compreensível é que algumas delas (não podemos generalizar!) nutram pouco apreço pela liberdade de crença e de manifestação do pensamento. Se só há tolerância para os que pensam de forma igual, que tolerância é essa? Algumas daquelas pessoas revelam uma índole autoritária tão arraigada, tão inconcebível, que só lhes é possível admitir que os crentes pratiquem a sua religião sem acreditar nela, sem levá-la às últimas consequências, exclusivamente dentro do templo e mesmo assim desde que o sermão não seja politicamente incorreto.
Ora, meus amigos. O cristianismo não é uma roupa que se põe e que se tira ao sair ou entrar em prédios públicos. Não é uma espécie de capa que se pendura em um cabide na entrada do parlamento ou dos tribunais com o fim de não contaminá-los com a superstição. Não podemos admitir que nos imponham essa rachadura, esse partir ao meio, essa contradição, de ser cristão no templo e ateu na Câmara dos Deputados. Não nos obriguem às negações de São Pedro: "Não o conheço!" Não podemos admitir que nos obriguem a renunciar a Jesus Cristo e a seus preceitos quando formos emitir uma opinião política. O Estado não pode impor-nos tal alienação mental, tal dicotomia de vida, tal insinceridade com nós mesmos. E aqui devemos lembrar-nos da túnica de Cristo.
O cristão não é um homem de duas faces. Ele deve ser íntegro, inteiro, o mesmo, em toda parte, na igreja, no clube, no bar, em casa, no parlamento e no fórum. Ele não deixa Cristo para trás na escadaria do palácio de governo ou do tribunal. Ele não é um ser desintegrado, dividido, desconjuntado e desconexo, sem identidade. O voto cristão não é um voto cristão apenas na forma. O é também no conteúdo, nas motivações e objetivos. O cristão deve ser como a túnica de Cristo, tecida em peça inteira, sem costura, sem remendos. A mesma túnica Cristo vestia nas suas pregações e diante de Pilatos.
Paul Medeiros Krause
É compreensível que pessoas de inspiração materialista nutram pouco apreço pela religião. O que não é compreensível é que algumas delas (não podemos generalizar!) nutram pouco apreço pela liberdade de crença e de manifestação do pensamento. Se só há tolerância para os que pensam de forma igual, que tolerância é essa? Algumas daquelas pessoas revelam uma índole autoritária tão arraigada, tão inconcebível, que só lhes é possível admitir que os crentes pratiquem a sua religião sem acreditar nela, sem levá-la às últimas consequências, exclusivamente dentro do templo e mesmo assim desde que o sermão não seja politicamente incorreto.
Ora, meus amigos. O cristianismo não é uma roupa que se põe e que se tira ao sair ou entrar em prédios públicos. Não é uma espécie de capa que se pendura em um cabide na entrada do parlamento ou dos tribunais com o fim de não contaminá-los com a superstição. Não podemos admitir que nos imponham essa rachadura, esse partir ao meio, essa contradição, de ser cristão no templo e ateu na Câmara dos Deputados. Não nos obriguem às negações de São Pedro: "Não o conheço!" Não podemos admitir que nos obriguem a renunciar a Jesus Cristo e a seus preceitos quando formos emitir uma opinião política. O Estado não pode impor-nos tal alienação mental, tal dicotomia de vida, tal insinceridade com nós mesmos. E aqui devemos lembrar-nos da túnica de Cristo.
O cristão não é um homem de duas faces. Ele deve ser íntegro, inteiro, o mesmo, em toda parte, na igreja, no clube, no bar, em casa, no parlamento e no fórum. Ele não deixa Cristo para trás na escadaria do palácio de governo ou do tribunal. Ele não é um ser desintegrado, dividido, desconjuntado e desconexo, sem identidade. O voto cristão não é um voto cristão apenas na forma. O é também no conteúdo, nas motivações e objetivos. O cristão deve ser como a túnica de Cristo, tecida em peça inteira, sem costura, sem remendos. A mesma túnica Cristo vestia nas suas pregações e diante de Pilatos.
Paul Medeiros Krause
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