O mundo moderno resultou de um divórcio: o divórcio, o afastamento, da filosofia em relação a Santo Tomás. O nominalismo, uma filosofia burguesa, uma ideologia prostituída, rompeu com Santo Tomás. O mundo divorciou-se de Santo Tomás. E, como em quase todo divórcio, os filhos da modernidade (nem todos!) ficaram neuróticos, lidam mal com a realidade e acreditam em fantasmas. Uns filhos da modernidade, os que conseguiram defender-se, sóbria e acertadamente tomaram as dores do pai (Tomás); outros, mais apaixonados, mais sentimentais, mais sensíveis, tomaram as dores da mãe (a filosofia decaída, com as suas paixões). No caso, o pai tinha razão (em sentido amplo e estrito).
Depois de divorciar-se de Tomás, isto é, a fé divorciar-se da razão, e a razão divorciar-se da realidade, o mundo divorciou-se da Igreja, na Reforma. Depois, divorciou-se de Cristo, nos ataques que a teologia liberal Lhe fez. Mais tarde, divorciou-se de Deus, no ateísmo prático ou militante. Por último, para não perder o costume, divorciou-se do homem. São os dias que correm.
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