terça-feira, 21 de julho de 2015

AGOSTINHO, PASCAL E FRANKL


Estou explorando três grandes livros. Costumo ler mais de um ao mesmo tempo, todos em doses homeopáticas. A leitura caminha no conta-gotas.

"Sobre a potencialidade da alma", de Santo Agostinho, é leitura interrompida, ora retomada, não obstante o seu reduzido tamanho. Bastante profundo, parece-me mais filósofico do que teológico, ao contrário de outras obras suas. Provavelmente, alguma coisa estará ultrapassada ou obsoleta. Outras, não. A finura e a precisão do raciocínio do bispo de Hipona, sua incomensurável genialidade, estão presentes em cada página. Santo Agostinho, que na minha petulância sempre classifiquei como o homem mais inteligente de todos os tempos, ajuda-me a aprender a raciocinar. Um menção especial merecem as excelentes e indispensáveis notas explicativas ao fim de cada capítulo da edição da Vozes. Elas permitem uma melhor assimilação do texto e do pensamento do autor.

Continuo lendo "Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo", de Viktor Frankl, em que estão bem expostas, com alguma riqueza de detalhes, mas não de forma excessivamente técnica, as linhas, os contornos, da logoterapia, por ele criada. A edição da Ideias & Letras, infelizmente, é que é péssima: engole sempre os "des".

Por último, "Pensamentos", de Blaise Pascal, o famoso físico e matemático, grande defensor do cristianismo e crítico da simplificação filosófica. Ele que não gostava de concentrar-se unilateralmente nem na grandeza, nem na miséria do homem. Tenho apreciado a profundidade e acidez dos franceses. Não sei se acerto na análise. Agrada-me o que me parece ser um certo pessimismo, franqueza ou mau humor franceses. Contudo, o juízo pode ser precipitado. Minha edição é da Martins Fontes.

Vamos ver no que dá!


Paul Medeiros Krause




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