É norma da Igreja que todas as sextas-feiras do ano, exceto as que coincidirem com dias de solenidade (as festas litúrgicas de mais alto grau), por exemplo, a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus (que não se confunde com as primeiras sextas-feiras e ocorre poucos dias após Corpus Christi), são dias de penitência, em memória da Paixão do Senhor, e por conseguinte dias de abstinência de carne.
Há um documento do Papa Paulo VI, a que em breve farei menção no blog, que estabelece que essa obrigação é grave, isto é, constitui matéria grave. Portanto, a falta de observância a essa norma da Igreja constitui pecado mortal, se se somarem todas as três condições: matéria grave (esta já vimos que há), pleno conhecimento e pleno consentimento.
Contudo, é importante notar que a abstinência de carne às sextas-feiras pode ser substituída por uma obra de caridade ou um ato de piedade. Mas deve ser uma obra de caridade (uma esmola generosa, a visita a um doente) ou um ato de piedade a mais do que cada um faz cotidianamente. Por exemplo: se eu tenho o hábito de rezar um terço por dia, na sexta-feira, em lugar da abstinência de carne, eu tenho de rezar dois terços.
O mundo precisa de penitência. Vamos recuperar o costume da abstinência às sextas-feiras, evitando, tanto quanto possível, as substituições permitidas! Devemos evitar que as substituições se tornem a regra.
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