ORAÇÕES
PARA ANTES DA LEITURA
Vinde, Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e
tudo será criado.
R. E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os
corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos
regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
R. Amém.
Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende
compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não
desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e,
pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da
paz.
V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,
R. fazei que nos tornemos agradáveis a
vossos olhos.
Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente,
Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma
vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas
virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
R. Amém.
LEITURA
QUINTO DIA
S.
DOMINGOS E O AMOR À VERDADE
S. Domingos foi um grande amante da
verdade. Durante muitos anos estudou assiduamente as ciências eclesiásticas.
Para alcançar a sabedoria, recorria à oração e à penitência. Com esse fim
privou-se, durante dez anos, do uso do vinho. Só pôs de parte esta mortificação
por motivo de saúde e a pedido do bispo de Osma, quando era prior daquela
Igreja.
Não é para admirar que nas controvérsias
com os hereges ele saísse sempre vitorioso. Um dia, os mestres católicos e os
hereges combinaram entre si apresentar, por escrito, as suas doutrinas e
submeter o escrito de cada um à prova de fogo, para que Deus mostrasse qual era
a verdadeira doutrina.
O escrito de S. Domingos foi o preferido
pelos católicos, por ser o que melhor expressava a doutrina da Igreja. Mal
lançado ao fogo, o escrito dos hereges foi logo devorado pelas chamas, ao passo
que o de S. Domingos não só não ardeu mas foi, de imediato, repelido da
fogueira pelas próprias chamas, por três vezes.
A pregação de S. Domingos era
eminentemente doutrinal. Tendo explicado em Roma, na corte pontifícia, as
epístolas de S. Paulo, o sucesso foi tal que o Papa quis, mediante uma
instituição, fazer perdurar os efeitos e utilidade duma tal pregação. Com essa
finalidade, foi instituído o cargo de Mestre do Sagrado Palácio, cargo que
continua ainda hoje a ser desempenhado por um filho de S. Domingos.
S. Domingos trazia sempre consigo o
evangelho de S. Mateus e as epístolas de S. Paulo. Lia-as e estudava-as tanto
que as sabia de cor.
A liturgia chama-lhe “doutor da Verdade e luz da Igreja, porque a
ilumina com a sua doutrina e a ilustra com os seus exemplos”. De fato,
realizou um sonho de sua mãe que, tendo-o ainda no seio, o viu sob a forma dum
cãozinho com uma tocha acesa na boca, como que pretendendo abrasar o mundo
inteiro.
E a sua madrinha, em sonhos, viu na
fronte de Domingos uma estrela que alumiava toda a terra.
Ao ver as necessidades da Igreja, a
ignorância dos fiéis e do clero e, por outra parte, os hereges enganarem muitas
almas com uma falsa ciência, Domingos concebeu um plano grandioso: criar na
Igreja uma legião de sábios e santos pregadores que fossem por todo o mundo
levar o facho da verdade.
Levou os seus primeiros discípulos a
Mestre Alexandre de Stavensby, em Tolosa, que na madrugada desse dia vira, em
sonhos, seis estrelas que foram crescendo, crescendo até iluminarem o universo.
Ao chegarem Domingos e seus filhos, Mestre Alexandre compreendeu que se tratava
deles.
São Domingos fundou os primeiros
conventos próximos das universidades, e queria que os seus filhos se
entregassem, com todas as suas forças, ao estudo.
“Oralmente
e por cartas exortava os irmãos a estudarem assiduamente o Antigo e o Novo
Testamento. Eu o sei porque o ouvi e porque li as suas cartas”, afirma uma
testemunha.
“Véritas” – A Verdade – ficou sendo o lema da Ordem. Do seu seio, Deus faria
brotar o maior defensor da Verdade, o Doutor Angélico, S. Tomás de Aquino.
Sejamos dignos de tão ilustre família,
procurando instruir-nos o mais possível, para sermos úteis à Igreja.
ORAÇÃO
PARA DEPOIS DA LEITURA
Louvado seja o nosso Redentor, que,
querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.
V. Coração de Jesus, abrasado de amor
por nós.
R. Abrasai o nosso coração de amor por
Vós.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, que
dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós
Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe
Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso
Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena,
para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S.
Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.
R. Amém.
RESPONSÓRIO
DO PATRIARCA S. DOMINGOS
R. Oh admirável esperança, que destes
aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que,
depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Vós que resplandecestes com tantos
milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da
perversidade e corrupção dos costumes.
R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo.
R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S.
Domingos.
R. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes
iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado
Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão,
a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre
mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
R. Amém.
Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial
Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário