* São Domingos, no afresco "Zombando de Cristo", de Fra Angelico, beato dominicano.
Em preparação à memória litúrgica de S. Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos e
instituidor do Santo Rosário, em 8 de agosto.
ORAÇÕES
PARA ANTES DA LEITURA
Vinde, Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e
tudo será criado.
R. E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os
corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos
regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
R. Amém.
Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende
compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não
desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e,
pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da
paz.
V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,
R. fazei que nos tornemos agradáveis a
vossos olhos.
Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente,
Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma
vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas
virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
R. Amém.
LEITURA
PRIMEIRO DIA
PUREZA
DE S. DOMINGOS
S. Domingos é representado, quase
sempre, com um lírio na mão, símbolo da sua angélica pureza. Todos os que
viveram com o Santo Patriarca tinham a convicção de que ele era virgem, isto é,
puro no corpo e na alma, que não só guardara a castidade perfeita, mas que
também nunca cometera um único pecado mortal.
As testemunhas que depuseram no processo
de canonização, algumas das quais conviveram com ele durante muitos anos, e o
sacerdote que ouviu a sua última confissão geral, são unânimes sobre este
ponto. “Nem a menor suspeita sobre a sua
pureza”, dizia uma delas. Além disso, temos a confissão do próprio
Patriarca. Pouco antes de comparecer perante o tribunal divino, chamou alguns
religiosos para lhes fazer as últimas recomendações e declarou: – “Por uma graça especial do Senhor, guardei
até hoje a virgindade”.
Domingos guardava esse tesouro
inapreciável por meio duma profunda humildade, rigorosa penitência e assídua
vigilância dos sentidos. Uma testemunha declara que quando o Santo atravessava
as povoações, os seus olhos mal se levantavam da terra. E quando declarou que
conservara a inocência, acusou-se de nunca ter podido dominar a imperfeição de
sentir maior gosto em falar com pessoas novas do que com as idosas, donde se
pode deduzir a sua extrema delicadeza de consciência, pois combatia sentimentos
tão naturais que, não sendo maus, podem, por vezes, conduzir ao mal.
S. Domingos, como S. Paulo, castigava o
corpo e reduzia-o à servidão, para que o espírito dominasse plenamente a carne
e Deus morasse numa alma pura. Os corações puros, ensinou Jesus, são felizes
porque veem a Deus.
S. Domingos facilmente entrava em comunicação
com os espíritos angélicos e com o próprio Deus – a própria pureza – porque
nenhuma falta embaciava os olhos do seu espírito. Esta pureza, dizia um dos
seus filhos, era comunicativa, “cástitas
transfusiva” e refletia-se no seu exterior, no seu corpo. A irmã Cecília,
que, como filha espiritual e devotíssima de S. Domingos, o estudava e examinava
atentamente, escreveu: “Da sua fronte e
de entre as suas sobrancelhas, irradiava uma luz suave e brilhante que atraía
os corações e simultaneamente infundia respeito e veneração”.
Esta pureza queria-a ele também para
seus filhos. Recomendava-lhes que, nesta matéria, fossem rigorosos e
vigilantes, sobretudo nas relações com pessoas de fora; de contrário, corriam
graves perigos; por outro lado, com a pureza de vida e com o perfume duma boa
reputação, colheriam abundantes frutos de salvação no seu ministério.
Nos primeiros tempos da Ordem eram
tantas as almas puras que nela se acolhiam que chegaram a denominá-la “Ordo liliatus”, a Ordem dos Lírios.
O escapulário, emblema e escudo da
castidade, foi dado à Ordem pela Rainha das Virgens, na pessoa do Beato
Reginaldo, a quem Ela também ungiu os rins com o cíngulo da pureza, quando S.
Domingos orava por ele.
Todo filho e devoto de S. Domingos deve,
pois, cultivar com todo o esmero esta delicada flor, cujo perfume encanta os
corações de Jesus e de Maria.
Peçamos a S. Domingos a estima e o amor
da pureza, e procuremos imitar, para empregar as palavras do Beato Jordão, “este espelho de pureza, vaso de santidade,
templo da virgindade, órgão do Espírito Santo, que durante a sua vida nunca
expulsou da sua alma o doce Hóspede que nela habitava”.
ORAÇÃO
PARA DEPOIS DA LEITURA
Louvado seja o nosso Redentor, que,
querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.
V. Coração de Jesus, abrasado de amor
por nós.
R. Abrasai o nosso coração de amor por
Vós.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, que
dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós
Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe
Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso
Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena,
para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S.
Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.
R. Amém.
RESPONSÓRIO
DO PATRIARCA S. DOMINGOS
R. Oh admirável esperança, que destes
aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que,
depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Vós que resplandecestes com tantos
milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da
perversidade e corrupção dos costumes.
R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S.
Domingos.
R. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes
iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado
Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão,
a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre
mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
R. Amém.
Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial
Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.
Edição do Secretariado Nacional do
Rosário
Padres Dominicanos
Rua de S. Domingos s/n – 2495-431 FÁTIMA
E-mail: snrosario@clix.pt
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