segunda-feira, 28 de julho de 2014

NOVENA A SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO, CRIADOR DO ROSÁRIO – INÍCIO EM 30 DE JULHO – 1.º DIA: PUREZA


* São Domingos, no afresco "Zombando de Cristo", de Fra Angelico, beato dominicano.

Em preparação à memória litúrgica de S. Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos e instituidor do Santo Rosário, em 8 de agosto.

ORAÇÕES PARA ANTES DA LEITURA

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.

V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.

R. E renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amém.

Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e, pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da paz.

V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,

R. fazei que nos tornemos agradáveis a vossos olhos.

Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente, Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amém.

LEITURA

PRIMEIRO DIA

PUREZA DE S. DOMINGOS

S. Domingos é representado, quase sempre, com um lírio na mão, símbolo da sua angélica pureza. Todos os que viveram com o Santo Patriarca tinham a convicção de que ele era virgem, isto é, puro no corpo e na alma, que não só guardara a castidade perfeita, mas que também nunca cometera um único pecado mortal.

As testemunhas que depuseram no processo de canonização, algumas das quais conviveram com ele durante muitos anos, e o sacerdote que ouviu a sua última confissão geral, são unânimes sobre este ponto. “Nem a menor suspeita sobre a sua pureza”, dizia uma delas. Além disso, temos a confissão do próprio Patriarca. Pouco antes de comparecer perante o tribunal divino, chamou alguns religiosos para lhes fazer as últimas recomendações e declarou: – “Por uma graça especial do Senhor, guardei até hoje a virgindade”.

Domingos guardava esse tesouro inapreciável por meio duma profunda humildade, rigorosa penitência e assídua vigilância dos sentidos. Uma testemunha declara que quando o Santo atravessava as povoações, os seus olhos mal se levantavam da terra. E quando declarou que conservara a inocência, acusou-se de nunca ter podido dominar a imperfeição de sentir maior gosto em falar com pessoas novas do que com as idosas, donde se pode deduzir a sua extrema delicadeza de consciência, pois combatia sentimentos tão naturais que, não sendo maus, podem, por vezes, conduzir ao mal.

S. Domingos, como S. Paulo, castigava o corpo e reduzia-o à servidão, para que o espírito dominasse plenamente a carne e Deus morasse numa alma pura. Os corações puros, ensinou Jesus, são felizes porque veem a Deus.

S. Domingos facilmente entrava em comunicação com os espíritos angélicos e com o próprio Deus – a própria pureza – porque nenhuma falta embaciava os olhos do seu espírito. Esta pureza, dizia um dos seus filhos, era comunicativa, “cástitas transfusiva” e refletia-se no seu exterior, no seu corpo. A irmã Cecília, que, como filha espiritual e devotíssima de S. Domingos, o estudava e examinava atentamente, escreveu: “Da sua fronte e de entre as suas sobrancelhas, irradiava uma luz suave e brilhante que atraía os corações e simultaneamente infundia respeito e veneração”.

Esta pureza queria-a ele também para seus filhos. Recomendava-lhes que, nesta matéria, fossem rigorosos e vigilantes, sobretudo nas relações com pessoas de fora; de contrário, corriam graves perigos; por outro lado, com a pureza de vida e com o perfume duma boa reputação, colheriam abundantes frutos de salvação no seu ministério.

Nos primeiros tempos da Ordem eram tantas as almas puras que nela se acolhiam que chegaram a denominá-la “Ordo liliatus”, a Ordem dos Lírios.

O escapulário, emblema e escudo da castidade, foi dado à Ordem pela Rainha das Virgens, na pessoa do Beato Reginaldo, a quem Ela também ungiu os rins com o cíngulo da pureza, quando S. Domingos orava por ele.

Todo filho e devoto de S. Domingos deve, pois, cultivar com todo o esmero esta delicada flor, cujo perfume encanta os corações de Jesus e de Maria.

Peçamos a S. Domingos a estima e o amor da pureza, e procuremos imitar, para empregar as palavras do Beato Jordão, “este espelho de pureza, vaso de santidade, templo da virgindade, órgão do Espírito Santo, que durante a sua vida nunca expulsou da sua alma o doce Hóspede que nela habitava”.

ORAÇÃO PARA DEPOIS DA LEITURA

Louvado seja o nosso Redentor, que, querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.

V. Coração de Jesus, abrasado de amor por nós.

R. Abrasai o nosso coração de amor por Vós.

Oremos: Senhor Jesus Cristo, que dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena, para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S. Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.

R. Amém.

RESPONSÓRIO DO PATRIARCA S. DOMINGOS

R. Oh admirável esperança, que destes aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que, depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

V. Vós que resplandecestes com tantos milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da perversidade e corrupção dos costumes.

R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S. Domingos.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

R. Amém.

Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.

Edição do Secretariado Nacional do Rosário

Padres Dominicanos

Rua de S. Domingos s/n – 2495-431 FÁTIMA

E-mail: snrosario@clix.pt


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