ORAÇÕES
PARA ANTES DA LEITURA
Vinde, Espírito Santo, enchei os
corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e
tudo será criado.
R. E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os
corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos
regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
R. Amém.
Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende
compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não
desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e,
pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da
paz.
V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,
R. fazei que nos tornemos agradáveis a
vossos olhos.
Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente,
Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma
vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas
virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
R. Amém.
LEITURA
SEGUNDO DIA
HUMILDADE
DE S. DOMINGOS
Uma das principais guardas da castidade
é a humildade. Se as testemunhas do processo de canonização falam da pureza de
S. Domingos, insistem também muito sobre a sua humildade.
Como o seu divino Mestre, Domingos era
manso e humilde de coração, atraindo sempre a simpatia de quantos com ele
lidavam. Ninguém era mais afável, ninguém mais simples no trato com os homens.
De Jesus Cristo, disse S. Paulo que Ele
se aniquilou fazendo-se obediente até à morte. Domingos imitou nesse ponto o
divino modelo. “Rigidíssimo observante” da
Regra e das Constituições que ele próprio elaborara, submeteu-se a elas como o
último dos religiosos e ainda com mais rigor, pois não se dispensava, ao passo
que dispensava os outros.
Em viagem, seguia a vontade de seus
companheiros, que eram ao mesmo tempo súditos e filhos, quanto à escolha da
pousada e da comida. Do mesmo modo, quando chegava a um convento, conformava-se
em tudo com os seus usos e costumes, apesar de ser o Superior de todos.
Humilhava-se diante de Deus e pedia-Lhe
que, por causa dos seus pecados, não castigasse as povoações por onde tinha de
passar. Ouviam-no, muitas vezes, nas suas orações, repetir versículos da
Sagrada Escritura como estes: “Senhor,
tende piedade de mim que sou pecador”; “Fui
eu que pequei e cometi a iniquidade”; “Não
sou digno de levantar o olhar para o céu por causa da grandeza dos meus
pecados, porque provoquei a vossa cólera, Senhor, e fiz o que é mau a vossos
olhos”.
Profundamente religioso, desprezava-se a
si mesmo. Considerava-se como um “homem
de nada” e, no fim da sua vida, depois de ter fundado e consolidado a
Ordem, depois de ter operado tantos milagres, convertido tantas almas e dado
tantos exemplos de virtudes sublimes, no Capítulo Geral de Bolonha, diante dos
delegados de toda a Ordem, declarou: “Mereço
ser deposto do meu cargo, pois sou um homem inútil e relaxado”. E
humilhou-se muito diante de todos. Como não foi aceita a sua vontade, quis,
pelo menos, que houvesse padres definidores com autoridade sobre ele durante
todo o Capítulo. Esta pouca estima em que se tinha levava-o a procurar
humilhações. Recebia com agrado, como uma grande recompensa, os insultos dos
hereges.
Um dia perguntaram-lhe por que razão
preferia a diocese de Carcassona à de Tolosa, e o Santo respondeu: “Em Tolosa sou honrado e todos me querem
bem; aqui não, estou no meio dos hereges que me desprezam”.
Por amor às humilhações, abandonou as
riquezas e abraçou a vida de pobreza. Usava vestes pobres, remendadas, e diante
de pessoas importantes nada fazia para as encobrir; antes, com essa humilhação
sentia um grande prazer.
Muitas vezes pedia pão, de porta em
porta, e, não raras, o recebia de joelhos.
Procurava ocultar, quanto podia, as
graças extraordinárias que recebia. Como o Papa quisesse fazer publicar, do
alto dos púlpitos, um grande milagre realizado por S. Domingos, este declarou
que fugiria de Roma para nunca mais lá voltar.
Sendo Prior de Osma, quando lhe davam carne,
não a comia nem a recusava, mas ocultava-a para que não descobrissem a sua
mortificação.
Recusou duas ou três vezes o episcopado,
preferindo viver pobre com os irmãos.
Como testamento, disse a seus filhos
antes de morrer: “Caritatem habete,
humilitatem servate, paupertatem voluntariam habete”: “Tende caridade, guardai
a humildade e possuí a pobreza voluntária”.
Peçamos, pois, a S. Domingos, que não
quis ser enterrado senão debaixo dos pés de seus irmãos, que nos alcance uma
verdadeira humildade, fundamento de todas as virtudes.
ORAÇÃO
PARA DEPOIS DA LEITURA
Louvado seja o nosso Redentor, que,
querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.
V. Coração de Jesus, abrasado de amor
por nós.
R. Abrasai o nosso coração de amor por
Vós.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, que
dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós
Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe
Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso
Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena,
para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S.
Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.
R. Amém.
RESPONSÓRIO
DO PATRIARCA S. DOMINGOS
R. Oh admirável esperança, que destes
aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que,
depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Vós que resplandecestes com tantos
milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da
perversidade e corrupção dos costumes.
R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo.
R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes,
ajudando-nos com os vossos rogos.
V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S.
Domingos.
R. Para que sejamos dignos das promessas
de Cristo.
Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes
iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado
Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão,
a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre
mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
R. Amém.
Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial
Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.
Edição do Secretariado Nacional do
Rosário
Padres Dominicanos
Rua de S. Domingos s/n – 2495-431 FÁTIMA
E-mail: snrosario@clix.pt
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