terça-feira, 29 de julho de 2014

NOVENA A SÃO DOMINGOS – 2.º DIA – 31 DE JULHO: HUMILDADE



 
ORAÇÕES PARA ANTES DA LEITURA 

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.

V. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.

R. E renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que nos regulemos pelo mesmo Espírito e gozemos sempre das suas consolações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amém.

Dulcíssimo Pai S. Domingos, tende compaixão dos aflitos, dos pobres peregrinos e desterrados do Céu, não desprezeis as nossas humildes súplicas, mas livrai-nos de todos os perigos e, pelas vossas santas orações, transportai-nos para o Reino da segurança e da paz.

V. Bom Jesus, pela oração de Domingos,

R. fazei que nos tornemos agradáveis a vossos olhos.

Oremos: Concedei-nos, Deus Onipotente, Vos pedimos, que os exemplos do glorioso Patriarca S. Domingos nos levem a uma vida melhor, a fim de que, honrando a sua memória, imitemos também as suas virtudes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amém. 

LEITURA

SEGUNDO DIA

HUMILDADE DE S. DOMINGOS 

Uma das principais guardas da castidade é a humildade. Se as testemunhas do processo de canonização falam da pureza de S. Domingos, insistem também muito sobre a sua humildade.

Como o seu divino Mestre, Domingos era manso e humilde de coração, atraindo sempre a simpatia de quantos com ele lidavam. Ninguém era mais afável, ninguém mais simples no trato com os homens.

De Jesus Cristo, disse S. Paulo que Ele se aniquilou fazendo-se obediente até à morte. Domingos imitou nesse ponto o divino modelo. “Rigidíssimo observante” da Regra e das Constituições que ele próprio elaborara, submeteu-se a elas como o último dos religiosos e ainda com mais rigor, pois não se dispensava, ao passo que dispensava os outros.

Em viagem, seguia a vontade de seus companheiros, que eram ao mesmo tempo súditos e filhos, quanto à escolha da pousada e da comida. Do mesmo modo, quando chegava a um convento, conformava-se em tudo com os seus usos e costumes, apesar de ser o Superior de todos.

Humilhava-se diante de Deus e pedia-Lhe que, por causa dos seus pecados, não castigasse as povoações por onde tinha de passar. Ouviam-no, muitas vezes, nas suas orações, repetir versículos da Sagrada Escritura como estes: “Senhor, tende piedade de mim que sou pecador”; “Fui eu que pequei e cometi a iniquidade”; “Não sou digno de levantar o olhar para o céu por causa da grandeza dos meus pecados, porque provoquei a vossa cólera, Senhor, e fiz o que é mau a vossos olhos”.

Profundamente religioso, desprezava-se a si mesmo. Considerava-se como um “homem de nada” e, no fim da sua vida, depois de ter fundado e consolidado a Ordem, depois de ter operado tantos milagres, convertido tantas almas e dado tantos exemplos de virtudes sublimes, no Capítulo Geral de Bolonha, diante dos delegados de toda a Ordem, declarou: “Mereço ser deposto do meu cargo, pois sou um homem inútil e relaxado”. E humilhou-se muito diante de todos. Como não foi aceita a sua vontade, quis, pelo menos, que houvesse padres definidores com autoridade sobre ele durante todo o Capítulo. Esta pouca estima em que se tinha levava-o a procurar humilhações. Recebia com agrado, como uma grande recompensa, os insultos dos hereges.

Um dia perguntaram-lhe por que razão preferia a diocese de Carcassona à de Tolosa, e o Santo respondeu: “Em Tolosa sou honrado e todos me querem bem; aqui não, estou no meio dos hereges que me desprezam”.

Por amor às humilhações, abandonou as riquezas e abraçou a vida de pobreza. Usava vestes pobres, remendadas, e diante de pessoas importantes nada fazia para as encobrir; antes, com essa humilhação sentia um grande prazer.

Muitas vezes pedia pão, de porta em porta, e, não raras, o recebia de joelhos.

Procurava ocultar, quanto podia, as graças extraordinárias que recebia. Como o Papa quisesse fazer publicar, do alto dos púlpitos, um grande milagre realizado por S. Domingos, este declarou que fugiria de Roma para nunca mais lá voltar.

Sendo Prior de Osma, quando lhe davam carne, não a comia nem a recusava, mas ocultava-a para que não descobrissem a sua mortificação.

Recusou duas ou três vezes o episcopado, preferindo viver pobre com os irmãos.

Como testamento, disse a seus filhos antes de morrer: “Caritatem habete, humilitatem servate, paupertatem voluntariam habete”: “Tende caridade, guardai a humildade e possuí a pobreza voluntária”.

Peçamos, pois, a S. Domingos, que não quis ser enterrado senão debaixo dos pés de seus irmãos, que nos alcance uma verdadeira humildade, fundamento de todas as virtudes. 

ORAÇÃO PARA DEPOIS DA LEITURA

Louvado seja o nosso Redentor, que, querendo salvar todos os homens, deu ao mundo S. Domingos de Gusmão.

V. Coração de Jesus, abrasado de amor por nós.

R. Abrasai o nosso coração de amor por Vós.

Oremos: Senhor Jesus Cristo, que dissestes: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos pedimos, pelos méritos do vosso fiel servo Domingos e de vossa Mãe Santíssima, protetora e advogada da Ordem, e pela bondade inesgotável do vosso Coração, nos concedais as graças que humildemente Vos pedimos nesta novena, para que, seguindo fielmente os vestígios do nosso glorioso Patriarca S. Domingos, possamos com ele louvar-Vos e glorificar-Vos por toda a eternidade.

R. Amém. 

RESPONSÓRIO DO PATRIARCA S. DOMINGOS 

R. Oh admirável esperança, que destes aos que na hora da vossa morte choravam a vossa ausência, prometendo-lhes que, depois dela, havíeis de ser-lhe mais útil! Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

V. Vós que resplandecestes com tantos milagres nos corpos dos enfermos, trazei-nos o socorro de Cristo, curai-nos da perversidade e corrupção dos costumes.

R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.

V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

R. Cumpri, ó Pai, o que prometestes, ajudando-nos com os vossos rogos.
 
V. Rogai por nós, Bem-aventurado Pai S. Domingos.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes iluminar a santa Igreja com os merecimentos e a doutrina do Bem-aventurado Domingos, vosso confessor e nosso Patriarca, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sermos socorridos nas necessidades temporais e de crescermos sempre mais nos bens espirituais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

R. Amém.
 

Fonte: Novena a S. Domingos. Vários autores. 2. ed. actualizada. Editorial Apostolado do Rosário: Fátima (Portugal), 2006.

Edição do Secretariado Nacional do Rosário

Padres Dominicanos

Rua de S. Domingos s/n – 2495-431 FÁTIMA

E-mail: snrosario@clix.pt

 

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