"O senhor Golyádkin quis gritar, mas não pôde, quis protestar de algum modo, mas não teve forças. Ficou de cabelos arrepiados e sentou-se, desfalecido de pavor. Aliás, havia razão para isso. O senhor Golyádkin reconhecera por completo seu amigo noturno. O amigo noturno não era senão ele mesmo -- o próprio senhor Golyádkin, outro senhor Golyádkin, mas absolutamente igual a ele --, era, em suma, aquilo que se chama o seu duplo, em todos os sentidos..."
(Dostoiévski, "O duplo")
Nenhum comentário:
Postar um comentário